1986 a 1995 : Back to the Streets à No Doubt
1996 viu a partida do lendário baixista Ronny Cates e a chegada de Lonnie Chapin para assumir suas funções. Agora, eram apenas dois veteranos para conduzir o barco. Embora este tenha sido mais outro duro golpe para o Petra, isto não impediu o lançamento de seu segundo álbum de louvor: Petra Praise 2: We Need Jesus.
Esta coleção de antigos e novos cânticos de louvor foi muito melhor do que o sua primeira edição. Possuía um som mais homogêneo, ao contrário de Rock Cries Out que, apesar de uma gravação muito boa, teve, de certa forma, sons bastante diferentes entre uma canção e outra. Houve um toque suave em Petra Praise 2, que estava claramente impregnado no álbum.
O Petra trouxe de volta também algumas boas canções de rock. Duas das canções do álbuns eram novas: Be Of Good Cheer e I Wait for the Lord foram assinadas pelo Petra – inclusive I Waited, especialmente, fazia nossa cabeça balançar! Isto se tornou num novo e belo episódio na carreira de Petra, tornando We Need Jesus o tema principal da Harvest Crusade, que foi co-cantada por John Elefante e Lou Gramm, vocalista do famoso grupo de rock Foreigner (esta música foi previamente destacada em dois outros álbuns produzidos por Elefante, de duas maneiras. Em Rock Power Praise, uma coleção de hinos feito ao estilo heavy metal, We Need Jesus é realizado como uma balada lenta de rock, cantada por Scott Springer. Numa compilação posterior, Portair of a Spirit, We Need Jesus aparece em forma acústica, não muito longe da versão original do Petra).
Petra Praise 2 foi o premiado como Álbum de Louvor do Ano pelo Dove Awards 1997. Mas, apesar do recente reconhecimento, o Petra se dirigia novamente para águas tempestuosas com a saída de David Lichens. Eles também tiveram algumas divergências com sua gravadora, Word, que pareceu não dar o devido apoio ao grupo para alavancar e promover o seu material. Estes tempos provaram serem tumultuados para o Petra, mas a banda se manteve firme. Convencidos de que Deus ainda não havia encerrado seu trabalho com eles, Hartman, Schlitt e Weaver reforçaram rapidamente seu compromisso com a Petra, esperando que Deus abrisse as portas para continuarem com sua missão fundamental de chegar-se às pessoas e compartilharem acerca de Jesus.
Deus logo os presenteou com a inclusão de dois novos membros para o grupo – os craques nas guitarras Kevin Brandow e Pete Orta. Esses jovens garotos, além de inovadores, já haviam tocado com o Petra em algumas apresentações de PP2, mas ainda não tinham tido a oportunidade de gravar com a banda. Eles entraram em cena e ajudaram a evitar a tempo alguns problemas para o Petra, trazendo sua marca de rock alternativo à banda, o que os levou a lançar, em 1998, God Fixation.
God Fixation ainda foi novamente um outro álbum diferente. Desta vez, por causa da falta de um tecladista confiável, o Petra inclinou-se para os guitarristas que definiram o som durante toda a gravação. O resultado: um álbum muito legal, com ricos trabalhos de guitarra e melodias baseado em cordas. Orta e Brandow deram um brilho especial a este “passeio” e, na verdade, God Fixation provou ainda ser um dos melhores álbuns do Petra.
Cada canção tinha um pouco de Petra. God Fixation ostentava um pouco de quase tudo: as harmonias cativantes dos álbuns da era Volz, a experimentação feita nos dos últimos trabalhos do Petra – e até um pouco das batidas rápidas remanescentes dos tempos de Beyond Belief. Ligado aos vocais de John Schlitt, à percurssão de Louie Weaver e, obviamente, às canções que Bob Hartman jamais deixara de escrever, Deus reafirmou o status ao Petra de “reis do rock cristão”.
A banda caiu na estrada novamente para promover a God Fixation Tour e causou um certo alvoroço com os fãs. O Petra ainda fez mágica e mostrou que ainda poderia trazer a “casa a baixo” a qualquer momento! Então, em 2000, voltaram aos estúdios para gravar seu último álbum com a gravadora Word Records, a compilação acústica de canções favoritas do Petra: Double Take.
Este projeto foi, sem dúvida, um dos melhores do Petra. Girando em torno de um novo território com Double Take, o Petra colocou 10 de seus clássicos em músicas retrabalhadas que seriam expressas em estilo acústico, apoiados por acordes bem animados. Duas novas canções concluíram as gravações: The Longing, co-escrito pelo ex-membro da PFR, Joel Hanson, foi uma bela e relevante melodia cantada com paixão por Schlitt e Breathe In, escrita e cantada por Pete Orta, que soa tanto muito como o “senhor da guitarra”, Steve Vai . Ambos se tornaram hits de rádio instantaneamente. Porém, Kevin Brandow abandonou a banda antes da gravação desse álbum, sendo substituído por Trent Thomason, que acabou por também deixar a banda após a turnê.
Double Take, embora muito diferente dos álbuns anteriores como o impactante Beyond Belief ou Wake Up Call, obteve praticamente a mesma resposta animada da indústria da música secular e foi nomeado para “Rock Gospel Album Of The Year” pela Associação Grammy. O Petra continuou enfaticamente embarcando nessa proposta, e recebeu o quarto Grammy de sua carreira.
Mas os elogios não foram suficientes para manter a Word Records interessada na banda. Double Take foi o último álbum do Petra feita com o selo. Seu contrato terminou e a banda se viu em uma situação bem familiar – na rua novamente. Após um período angustiante e incerto de procurar uma gravadora nova, o Petra, finalmente encontrou uma casa nova e com fôlego para produzí-los. A Inpop Records, um selo de vanguarda cristã que tinha simplesmente o prazer de patrocinar as estrelas veteranas do rock.
Foi então que Bob Hartman decidiu entrar novamente na banda, tentando reerguê-la. Em 2001, a produção de Revival, talvez o mais melódico álbum do Petra até então. Embora tenha apresentado dois novos e jovens produtores (Jason Halbert e Dwayne Larring, ex-neo-elogiados integrantes do grupo SonicFlood) e com o apoio do recém-agressivo selo Inpop, a banda estava de volta. Bob Hartman voltou ao grupo e focou-se na promoção baseado nos três principais pilares – Bob, John e Louie.
Este álbum, sem dúvida, chamou a atenção dos fãs mais antigos do Petra, mas o som não era nada de nostálgico – com o tom doce e talentoso de Halbert, e Larring na co-produção dos direitos, Revival pegou os varejistas e os fãs de surpresa. A assinatura dos tons de rock do Petra ainda estavam lá, mas haviam sido transformado em tons deliciosamente mais afinados ao estilo do som do rock moderno de então. Alguns ouvintes que haviam sido especialmente escolhidos para uma prévia do álbum ficaram hipnotizados, mas simplesmente não podiam reconhecer quem a banda era. Quando foi revelado que era o Petra, o comentário geral foi de que os pais do rock cristão estavam de volta e desta vez, as pessoas começaram a prestar uma real atenção na banda.
Com Revival, a banda novamente voltou à estrada, e saiu para uma turnê com os novos membros Bryce Bell (teclados), Quinton Gibson (guitarra) e Greg Bailey (baixo). A turnê obteve um bom sucesso, e a banda parecia estar renascendo das cinzas, mas mais problemas ainda viriam. Quinton Gibson e Bryce Bell deixaram a banda, e haveria um problema interno ainda maior que geraria muita polêmica entre os fãs: o baterista Louie Weaver foi mandado embora do grupo, após permanecer por 22 anos na banda.
A banda tentou dissipar estes rumores com a entrada do baterista Paul Simmons. Bob Hartman reassumiu as guitarras, e gravou Jekyll and Hyde, o álbum mais pesado já gravado pelo grupo, lançado em 2003. O trabalho recebeu boas críticas, mas gerou pouco interesse na banda.
Em 2004, ainda em turnê para promover seu recente álbum, o Petra lançaria seu segundo álbum em espanhol, Jekyll and Hyde en Español, que também não obteve muito sucesso em vendas.
Então Bob Hartman, não suportando mais os recentes altos e baixos e a pouca atenção que o grupo tinha nos Estados Unidos, decide encerrar a banda no fim de 2005. Em 4 de outubro desse ano, a banda grava um show em Franklin, Tennessee, junto com os antigos integrantes John Lawry e Greg Volz, e lança como seu segundo e último álbum ao vivo: Petra Farewell (farewell significa “despedida” em inglês), que também foi lançado em DVD.
O Petra orgulha-se de ter uma história ilustre e fascinante – inigualável por qualquer outra banda de rock cristão do planeta. Sua surpreendente longevidade e capacidade de permanecer flexíveis com as mudanças de cultura sempre foi e provavelmente nunca será acompanhado por nenhum outro grupo.
O que é espantoso, porém, é em ambas as situações o Petra nunca perdeu o foco de sua missão primária – servir a Cristo compartilhando-o com os perdidos. Desde a sua fundação, em 1972, passando por todo o caminho que trilharam até as suas últimas apresentações oficiais em 2005, eles mantiveram fervorosamente seu ideal de serem testemunhas fiéis e eficazes para o Senhor.
Muitos fãs entenderam que, com Farewell, jamais viriam a banda novamente nos palcos. Mas o mais surpreendente ainda estava por vir.
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